SINDI | Bos taurus indicus

História

Pode ser considerada uma verdadeira história de cinema a importação, em 1952, de gado Sindi diretamente do Paquistão. O autor da façanha foi o diretor do Instituto Agronômico do Norte (IAN), Felisberto de Camargo, que trouxe consigo, num avião cargueiro inglês fretado, 31 animais da raça, sendo 28 fêmeas e três reprodutores.

A empreitada, que foi chamada por alguns de excêntrica e por outros de audaciosa, tinha o objetivo de estabelecer na sede do IAN, em Belterra (PA), um centro de pesquisa da raça Sindi. O plano era, primeiramente, fazer da região amazônica um local autossuficiente em leite e manteiga e, depois, o Nordeste.

Após uma série de articulações junto ao Ministério da Agricultura, ao Itamarati, aos amigos e outros meios, Felisberto de Camargo partiu até a região de Karachi, estado de Sind, no Paquistão, para buscar a genética bovina que ele pretendia disseminar no Brasil.

Sertãozinho, Nova Odessa e Ribeirão Preto foram alguns dos núcleos onde se trabalhou o gado Sindi com finalidade leiteira, na década de 50. Com a intensificação do rebanho zebuíno, o Departamento da Produção Animal da Secretaria Estadual de Agricultura resolveu firmar, em 1956, uma parceria com o criador José Cezário de Castilho, propondo o cruzamento de seu rebanho (linhagem de 1930) com a do órgão governamental (linhagem de 1952). Terras férteis, manejo adequado e boas condições sanitárias, fizeram desse plantel um conjunto de alto nível em se tratando do gado sindi, inclusive se comparado ao do próprio Paquistão.

A Raça

Sindi ou Sindi vermelho é uma raça de gado bovino zebu, originária da província de Sinde, no Paquistão. Conhecida pela sua dupla aptidão, produzindo animais com aptidão para leite e carne no mesmo indivíduo.

Os animais da raça Sindi são em geral pequenos, de bela aparência, adequados para regiões de poucos recursos alimentares, onde seria difícil a manutenção de animais de grande porte. Possui pelagem avermelhada, variando do mais escuro ao amarelo-alaranjado, observando-se, ás vezes, pintas brancas na barbela, na testa e no ventre, porém sem manchas grandes.

Genética

Atualmente a raça passa por grande expansão pelo Brasil sobretudo pelo nordeste devido a sua adaptação a climas secos.

Características

A cabeça é pequena e bem proporcionada, de perfil convexo, por vezes com protuberância que parece resultante de infusão de sangue Gir. Os chifres são grossos na base crescem para os lados, encurvando-se para cima. As orelhas tem tamanho médio e são caídas, com 25 a 30 centímetros de comprimento e 15 de largura; Adaptam-se facilmente a diferentes condições de clima e solo. São compactos, tendo os quartos traseiros arredondados e caídos.

O pescoço é curto e forte, mas delicado nas fêmeas; barbela de tamanho médio, mas desenvolvida, no macho, que tem a bainha pendulosa. O cupim é médio e pequeno nas fêmeas e relativamente grande nos machos, apresentando-se firme e bem colocado sobre a cernelha.

A pelagem é vermelha, variando do mais escuro ao amarelo-alaranjado; observam-se, às vezes, pintas brancas na barbela, na testa e no ventre, mas não tem manchas grandes. Os touros têm as espáduas e coxas em tonalidades mais escuras. Ao redor do focinho, no úbere, no períneo, e ao redor das quartelas a pelagem apresenta tonalidades mais claras.

A pele, levemente solta, é recoberta de pelos finos, macios e luzidios, a pigmentação da pele e das mucosas é escura. As unhas são fortes, compactas e de cor escura. A cauda é fina, longa, terminada por vassoura abundante, de cor escura ou negra.

O tronco é profundo, compacto, porem longo e tendendo para o cilíndrico; linha dorso-lombar reta e quase horizontal; dorso e lombo bem musculados, garupa arredondada, mas inclinada. O úbere é volumoso, com tendência e se tornar pendente; tetos muitas vezes grossos.

Os membros são curtos, finos, de ossatura delicada, bem feitos e corretamente aprumados; as articulações são pouco volumosas..

Desempenho

Em controle leiteiro realizado pelo criador Manoelito Andrade, de Taperoá-PB, foram obtidas médias de 2.560 – 3.600 kg em períodos de lactação de 305 dias, com recordes acima de 4.000 kg e teor de gordura perto de 5,0%.
Quanto aos seus pesos, as vacas pesam de 350 – 450 kg e os machos entre 500 – 600 Kg.

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